Canção
de Outono
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão...
Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Cecília
Meireles
Boa noite de paz, querida amiga Lourdes!
ResponderExcluirQue lindeza! Já antevejo o Outono consolador... introspectiva... relaxante...
Quem dorme no próprio 💙 não vê as flores desabricharem. É pena!
Tenha uma nova semana feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
😘😘😘
Speciali versi d'una natura morta, molto apprezzati
ResponderExcluirBuona settimana, carissima,silvia
Já se preparam? :)) Muito pelo o poema e as imagens:))
ResponderExcluirHoje:- Sou tudo, sou nada. Sou o coração vadio.
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Não tem jeito, as folhas caem, queiramos ou não, tenhamos agido ou não cedo ou tarde caem.
ResponderExcluirO poema é lindo, não conhecia!
Abraço, Lourdes!
Linda partilha, amei!
ResponderExcluirBeijos!