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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Não haveria tristeza


Não haveria tristeza


Benedito Gomes Rodrigues




Hoje vendo o mesmo rio
Dá-me aquele desgosto
O que fizeram com ele?
Pergunto já indisposto





Arrasaram suas margens
Restando só o capim
Encheram-no de lixo
E de esgoto até o fim





É ambição e ignorância
Desrespeito com a Criação
Fizeram o que quiseram
Sem prestar bem atenção





Mas ainda resta tempo
De rever o então feito
Reviver o nosso rio
Tornando-o como perfeito





Só basta ter a vontade
Alguma determinação
Sair do velho reclame
E partir para a ação.




sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A terra ontem e hoje Leda Cantalice de Medeiros





A terra ontem e hoje

Leda Cantalice de Medeiros




Eu era virgem e formosa
Vivia banhada em mel
Abelhas me trabalhavam
Só se via mata e céu
Me deleitava no sono
Como uma noiva, com véu.



Rios de águas, tão lindas.
Desciam por cima de mim
Sem sujeiras, e nem lixos.
Talvez, flores de jasmim
Hoje quase não me vejo
Mas alimento um desejo
De não estar chegando ao fim.


Vejo os homens acabando
Aquele manancial
Rio Amazonas, tão lindo
São Francisco, no final
Como eu era tão decente
Tenho uma saudade, tão grande.
Gostaria que eu fosse
Como eu era antigamente


Os homens fazem queimadas
Com uma ganância cruel
Matam animais e matas
Me amargura como fel
Parece até que perderam
No coração o amor
Nem parece aquele homem
Que um dia, Deus criou.


Fui tão bela e sadia
Hoje, doente e cansada
Vou morrendo a cada dia
Poluída e maltratada
Tenho pena dos que vêm
Não terão outra morada.






quarta-feira, 22 de agosto de 2018

SOS Meio ambiente - Justo Chacon





SOS Meio ambiente
Justo Chacon


Meio ambiente não é meio,
Não é sonho ou devaneio,
Não é conto ou poesia.


Meio ambiente é mais que meio,
É a redoma, é o esteio:
Bio-terra em harmonia.


Meio ambiente é a natureza,
Flora verde, mil riquezas,
Fauna viva - ao natural.


Meio ambiente é a própria vida,
Ou a morte pressentida,
Que buscamos, afinal?


Eis que o homem ganancioso,
Irresponsável, belicoso,
Ignora o grande mal
E a floresta dizimando,
A terra fértil calcinando,
Só pensou no vil metal.


Rios e lagos vão secando,
Água doce escasseando;
Floresta perde a cor.
Morre a fauna nessa guerra,
Triste fim da frágil terra:
Um deserto aterrador.


Chora o solo acinzentado,
Chora a mata o mal legado,
Chora a fauna tal desdém;
E o homem, indiferente,
Na ganância persistente,
Busca a morte, assim, também.